Diário de Bordo

Diário de bordo da série de reportagens "Saída para o Pacífico", sobre a Rodovia Intereoceânica, projeto ganhador da Bolsa Avina de Investigação Jornalística com o tema "Integração da América Latina".

Nossa proposta conconcorreu com outras 510 de jornalistas da América Latina, Estados Unidos e Europa. Ficamos entre os 50 selecionados. A série de reportagem começou a ser produzida em outubro de 2008, depois que foram divulgados os nomes dos vencedores, entre eles a equipe da TV Rondônia. Abaixo o link com a relação dos selecionados:

http://www.avina.net/web/siteavina.nsf/0/920EB4A511D3562E8225750500617F88?opendocument&idioma=spa

Em janeiro, a equipe viajou pela Rodovia Interoceânica de Porto Velho até o pacífico, no porto de Matarani, no Peru. Foram quase cinco mil quilômetros percorridos em 21 dias. Nossa proposta é mostrar em seis reportagens:

- Estrutura física
- Viabilidade econômica
- Aspectos Turísticos
- Impactos ambientais
- Impactos sociais
- Aspectos Culturais

Durante a produção visitamos as cidades de Puerto Maldonado, Cusco, Juliaca, Puno, Arequipa e o porto de Matarani. Um pouco de toda essa aventura está nesse diário de bordo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Agora sim: Cusco

A cidade é um charme. Arquitetura colonial, uma praça central (Plaza de Armas) e prédios cheios de sacadas. A maioria deles tem pátio interior, que geralmente são usados por hotéis e cafés como “comedores”. A palavra em espanhol é essa mesmo. Para os homens da equipe a piada é irresistível.
Museus, catedrais, galerias e centros culturais fazem de Cusco uma fonte de conhecimento. Caminhar pelas ruas pode ser uma aventura histórica. Mas não é só isso. A herança espanhola é apenas um detalhe. A grande riqueza da cidade é o legado da civilização andina. O Vale Sagrado dos Incas inclui ruínas impressionantes pelo engenho e sofisticação. Não poderíamos deixar de visitar algumas delas. Saqsaywaman, Pisaq e, claro, Machu Pichu.
Um dia inteiro lutando pela autorização para filmar o santuário sagrado dos Incas valeu a pena. A gentileza dos diretores do Instituto Nacional de Cultura do Peru nos permitiu o quase impossível. Apressar o trâmite dos documentos para que pudéssemos registrar a cidade perdida, reencontrada em 1911 pelo arqueólogo Hiram Bingham.
Para chegar ao patrimônio cultural da humanidade, pegamos o trem em Ollantaytambo. Descemos em Águas Calientes, ponto final para o trem e partida para o ônibus que nos leva nos tortuosos caminhos até a montanha sagrada. Muitas passadas numa trilha íngreme nos deixa quase sem respirar, mas é a visão das ruínas no topo é que nos tira o fôlego de vez. Quatro horas de puro deleite, chuva, sol, nuvens, história, reflexão sobre o passado e sobre os mistérios de uma civilização.
À tardinha voltamos extasiados num trem mais luxuoso (o mais econômico não tinha vagas, o preço dos tickets é de espantar os turistas brasileiros, o valor é para europeu mesmo). Todos transformados com a experiência. Recomendaçao do grupo: Machu Pichu pelo menos uma vez na vida.
Now Cusco. The city is charming.
Colonial architecture, a central square (Weapon Square) and buildings with varandas. Most of them have an internal patio, generally used by hotels and coffee places as “comedores”. This is the word in Spanish. For our men the joke is irresistible. Cultural museums, cathedrals, galleries and centers make Cusco a wide knowledge source. To walk by the streets can be a historical adventure. But this is not all. The Spanish heritage is only one detail. The great city wealth legacy is the Andean civilization. The Sacred Valley of Incas includes ruins impressive for their skill and sophistication. We could not fail to visit some of them. Saqsaywaman, Pisaq and, of course, Machu Pichu.
We had to spend one entire day fighting for the authorization to film the Inca sacred sanctuary , and it was worth the penalty. The directors of the National Institute of Culture of Peru were very kind in allowing the almost impossible. They made the proceeding of documents quicker so that we could register the lost city, found in 1911 by the archaeologist Hiram Bingham.
To get to the cultural humanity patrimony, we take the train in Ollantaytambo. We go down in Aguas Calientes, end point for the train and departure for the bus that takes us through the crooked ways to the sacred mountain. Many steps on a steep tread almost makes us breathless, but it is the vision of the ruins in the top that really makes us breathless. Four hours of pure delight, rain, sun, clouds, history, reflections on the past and the mysteries of a civilization. At twilight, we come back enraptured in an even more luxurious train (there were no more tickets for the economic one, the ticket prices frighten Brazilian tourists, the price is meant for the European visitor). Everybody is transformed by the experience. Group recommendation: Machu Pichu at least a time in the life.

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