Diário de Bordo

Diário de bordo da série de reportagens "Saída para o Pacífico", sobre a Rodovia Intereoceânica, projeto ganhador da Bolsa Avina de Investigação Jornalística com o tema "Integração da América Latina".

Nossa proposta conconcorreu com outras 510 de jornalistas da América Latina, Estados Unidos e Europa. Ficamos entre os 50 selecionados. A série de reportagem começou a ser produzida em outubro de 2008, depois que foram divulgados os nomes dos vencedores, entre eles a equipe da TV Rondônia. Abaixo o link com a relação dos selecionados:

http://www.avina.net/web/siteavina.nsf/0/920EB4A511D3562E8225750500617F88?opendocument&idioma=spa

Em janeiro, a equipe viajou pela Rodovia Interoceânica de Porto Velho até o pacífico, no porto de Matarani, no Peru. Foram quase cinco mil quilômetros percorridos em 21 dias. Nossa proposta é mostrar em seis reportagens:

- Estrutura física
- Viabilidade econômica
- Aspectos Turísticos
- Impactos ambientais
- Impactos sociais
- Aspectos Culturais

Durante a produção visitamos as cidades de Puerto Maldonado, Cusco, Juliaca, Puno, Arequipa e o porto de Matarani. Um pouco de toda essa aventura está nesse diário de bordo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ainda Tramo 4

Nossa viagem pela Rodovia Intereoceânica continua pelo tramo 4, um dos trechos mais acidentados , com cortes em serras rochosas com altura equivalente a prédios de sessenta andares. É impressionante ver a cordilheira tão de perto. Picos nevados e desfiladeiros compõem a paisagem natural depois do altiplano. Em seguida a serra com floresta. O trabalho nesse ponto é titânico. Deslizamentos acontecem a cada chuva. Máquinas tentam remover um “derrumbre” que nos prende por volta das dez e meia da noite de quarta-feira. Temos que voltar para Ollachea, dormir num acampamento da Intersur, responsável pela construção desse trecho. Só no outro dia, depois das doze é que conseguimos seguir viagem. Mesmo assim enfrentamos outra situação no caminho. Mais deslizamentos e novamente espera. Felizmente a comida de emergência que até aqui achávamos exagero, nos salvou.
Minttse, nossa acompanhante da Intersur consegue um “transbordo”, ou seja, uma baldeação para que possamos adiantar o trabalho à frente. O Celso fica sozinho no carro esperando a liberação da estrada. É a primeira vez que a equipe se separa. Apenas por duas horas.
Conseguimos chegar a San Gaban, nosso destino desde que entramos no tramo 4. Atrasamos um dia, mas sem problemas para quem está disposto a registrar justamente o processo de construção da rodovia.
Nosso encontro com brasileiros que trabalham na obra dá a real dimensão de como a tarefa é difícil, principalmente para quem deixa a família no Brasil e segue para outro país, com costumes e cultura diferentes. Felizmente acabam ganhando experiência e experimentando a integração Brasil-Peru.

Still Tramo 4

Our trip through the Intereocean Highway continues along tramo 4, one of the sttepest stretches, with cuts rocky mountain ranges with a height wchich is equivalent to a sixty floor building. It is impressing to see the mountain range so close. Snowy peaks and ravines compose the natural landscape after the high plateau. After, the mountain range with forest. The work in this point is titanic. Landslides happen to each rain. Machines try to remove one “derrumbre” which blocks our return around ten thirty on Wednesday night. We have to come back toward Ollachea, to sleep in an Intersur campsite, the company responsible for this stretch construction. On the other day, only after twelve we got to follow the trip. Even then we face another situation in the way. More landslides and wait again. Happily the emergency food we thought to be exaggerated until then, saved us. Minttse, our companion of the Intersur obtains a “overflow”, that is, a swilling so that we were allowed to advance the work ahead. Celso stays alone in the car waiting the road to be released. It is the first time that the team separates. Only for two hours. We arrive to San Gaban, our destination since we entered Trama 4. We delayed one day, but that was not a problem for those who intend to register the highway building process. Our meeting with Brazilians who work there gives the real a dimension how difficult the task is, mainly for those who leave their family in Brazil and follow for another country, with different habits and culture. Happily they end up by acquiring experience and trying the Brazil-Peru integration.

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